Toda religião traz em si, em
seus fundamentos, algo que exterioriza o eterno... sinais visíveis, palpáveis,
e que de alguma maneira possam expressar o ‘Inacessível’, ‘aquele’ ou ‘aquilo’
que existe para além de nossa razão humana e que está contido no seio do
criador de todas as coisas. Por esse motivo, todas as experiências religiosas
se encarregaram de criar mecanismos exteriores que pudessem de certa forma representar
o sagrado, quase que como uma confirmação divina ao trazerem em si a marca do
desejo de infinito gritante no mais profundo de cada ser. É o mistério
perenizado, e por vezes incompreensível, que se expande através dos séculos e
das gerações, cada uma segundo sua experiência característica, configurado por
meio de uma certeza quase que metafísica encontrada em tudo o que existe no
universo.
Os mitos, as histórias, bem
como os acontecimentos de ordem marcante na memória do povo, contadas e
celebradas de geração em geração, é a forma pela qual se estende o modelo
particular de crença de cada tribo ou comunidade, de cada cultura, e, repassada
por sua prole tentam assim eternizar nos ritos como forma segura de exaltar o
sagrado ao passo que moldam suas vidas com a necessidade do alto.
Podemos dizer que para cada
experiência religiosa Deus quisesse se apresentar com um nome próprio,
revelador de sua essência, característico ao modo de viver de cada ser vivente
sobre o orbe e que de forma universal o pudéssemos reconhecê-lO como o Deus de
vários nomes.
A questão das coisas que hão de
acontecer é também algo assinalado nas grandes religiões, cada uma com o seu
modo particular de nomear quanto à previsão do futuro em relação às
inquietações existentes no âmago de cada um. Se para alguns o termo
‘adivinhação’ acarreta uma compreensão negativa, para outros é sempre o mesmo
desejo profundo existente no coração de todo o ser em relação à vontade do alto
em vista do presente, bem como do futuro.
O que para alguns não passa de
uma grande intuição, para outros é chamado de mediunidade – ou o dom de prevê o
que está por acontecer – assim como para alguns ainda seja simplesmente
conhecido e aceito como o dom de profecias; a este, se refere uma mesma
realidade que ultrapassa todo entendimento, posto por Deus no interior de
algumas poucas pessoas com o intuito de ajudar os seus irmãos no caminho da
verdade para que se evitem os danos, assim como todo e qualquer mal, nocivos ao
físico, à alma e ao espírito.
Fato especial e notável se faz
comum em todas as grandes e reconhecidas religiões – quer do ocidente como do
oriente – o que concretiza a certeza dessa mesma realidade denominada a partir
de suas divindades, bem como de seus nomes próprios.
O homem é por si mesmo
espiritual e dessa forma transcende em seu limite no espaço onde se encontra.
Há ainda no mesmo homem um desejo de Deus intrínseco que se mistura às suas
angustias; o mesmo, por si só já é um sinal evidente de algo que lhe supera,
que está para além de seu entendimento em relação a Deus, da forma como o
entendemos, que ultrapassa todo e qualquer conhecimento.
Nossas experiências espirituais
tendem nomeá-lO (Deus) como algo concreto, ainda que jamais o tenhamos visto,
mas sob uma possibilidade não tão frequente daquela experiência particular e
profunda com O mesmo que se esconde no interior de todo aquele que O busca de
verdade.
Abaixo, damos a conhecer a
lista de alguns nomes de deuses bem como de seus respectivos povos ou religião
:
#Deus
dos Gregos (antigos): Zeus
#Deus
dos Indígenas: Guaraci
#Deus
no Camdonblé: Olorum
#Deus
do Egito (antigo): Rá
#Deus
dos Mulçumanos: Alah
#Deus
dos Incas: Inti
#Deus
dos Astecas: Huitzilopochtli
#Deus
Indu:
Shiva
#Deus
dos Judeus e Cristãos: Ihaveh
O
Oraculum
O oraculum é um instrumento
utilizado como meio pelo qual se revelam o saber e os desígnios divinos, onde
se direcionam a reta vontade e o desejo profundo de conhecê-los. É composto por
seis peças elementares: quatro moedas e dois dados numéricos. Sua razão de ser
e de interpretar se compreende na kabala, ciência secreta dos antigos judeus –
acrescido por meio de uma adaptação – como forma de desvendar o significado dos
números em relação à pessoa contidos na Sagrada Escritura.
Além das seis peças elementares
observamos em sua constituição mais três peças complementares, a saber: um
corporal, um copo com água e a vela. O corporal é a representação de Cristo,
grande mensageiro do seio da trindade no meio dos homens; a água representa o
caos: ‘No princípio... o Espírito pairava sobre as águas’ (Gn 1. 1-2). A vela é
representada pela luz que ilumina o caos na criação do universo como primeira a
ser criada: ‘...Faça-se a Luz...’ (Gn 1. 3).
Apresentados estes símbolos, o
mesmo é também composto por mais dois elementos considerados essenciais: o dom
e a invocação.
Estes dois últimos são tidos
como essenciais pelo fato de haver aí a verdadeira consciência do chamado e a
reta intenção que se confunde com a do próprio Deus, uma vez que é Ele mesmo
quem revela os seus desígnios a quem O busca de coração sincero e puro.
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Note-se, portanto, em tudo ser glorificado e
exaltado o mesmo Nome de Deus, onde quer que seja o lugar e a experiência
daqueles que O almejam de verdade, e, assim, a sua majestade seja difundida em
todos os confins da terra, pelos séculos infinitos. Assim seja!